A busca de monitoramento e equipamento que elevam a segurança tem crescido em condomínios residenciais e comerciais.
Os altos índices de assaltos e furtos a residências, empresas e condomínios faz com que o setor da tecnologia de segurança se mantenha em alta, mesmo após o triênio de recessão.
Embora haja uma redução nos índices, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, nos primeiros quatro meses deste ano, 13.142 pessoas foram mortas por alguém que agiu intencionalmente ou assumiu o risco consciente de cometer assassinato.
Diante do índice e visando elevar os cuidados, o setor de tecnologia de segurança e monitoramento se mantém aquecido. A busca se dá em inovações como portaria remota, controles de acesso eletrônicos e biométricos, aplicativos, central de monitoramento a distância, entre outros. “O serviço de portaria e sistemas de vigilância se modernizaram, e ter muitas câmeras e listas imensas com nomes cadastrados não são mais medidas suficientes quando há apenas um porteiro responsável por todas as demandas do local. Nesse caso, uma central de monitoramento focada exclusivamente nessa função é a garantia de que há mais atenção no espaço como um todo e não em um ambiente por vez”, comenta Walter Uvo, especialista em tecnologia.
O otimismo do mercado se confirma com o registro em 2018, feito pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE) — que reúne fabricantes, distribuidores e prestadores de serviços de segurança eletrônica —, mostrando que o setor cresceu 8% e viu seu faturamento superar os R$ 6 bilhões. Em 2019, os negócios continuam num ritmo bom, e, para o fim do ano, certamente estes números serão maiores.
Para se ter uma ideia, a portaria remota tem crescido no Brasil cerca de 150% ao ano, também de acordo com a ABESE, fato que contribui para o potencial dessa tecnologia ser cada vez mais utilizada e desenvolvida no país. “O porteiro convencional sai de cena para estar em uma central muito bem equipada e com vigilância 24 horas, já que a portaria remota é a automação e a gestão dos processos e acessos do condomínio remotamente, controlando todo o ambiente”, ressalta o especialista.
É necessário diferenciar para não confundir os serviços, pois portaria remota é diferente do sistema conhecido como portaria eletrônica ou virtual, em que os acessos ao condomínio são feitos por um interfone externo, com o número do apartamento ou casa que o visitante disca e é autorizado pelo morador a entrar. Este modelo fragiliza a segurança, pois o morador não é especializado no assunto, além de correr o risco de uma criança atender e liberar a entrada de estranhos.
Já com o uso da biometria, cerca de 95% dos acessos aos condomínios são realizados eletronicamente, o que diminui em 22 vezes a probabilidade de a portaria ser enganada por alguém mal-intencionado. É o mesmo sistema que funciona nos bancos quando, para fazer alguma transação ou saque, é necessária sua biometria para realizar um procedimento. Quando se opta pela portaria remota, síndicos, moradores e funcionários envolvidos no prédio devem passar por um treinamento. Na primeira semana da implantação da nova tecnologia, é possível contar com um técnico responsável, sendo feito, logo no primeiro dia, o cadastramento da biometria e foto de cada um dos moradores.
Nesse primeiro encontro, já é passado como funciona o sistema, manual e guia.
“Toda essa tecnologia também acaba provocando uma redução dos custos com questões de segurança, pois o sistema integrado, alarmes, câmeras e outros dispositivos permitem que ocorrências de problemas em equipamentos sejam resolvidas sem a necessidade de contratar empresas terceirizadas”, afirma Uvo.
Nesse caso, a manutenção ainda fica mais em conta por estar dentro de um mesmo plano de contrato. Mesmo assim, é preciso entender que a portaria remota tem um custo inicial mais alto que outros modelos de portaria, porém com mais eficiência em segurança, e a redução de custos chega a médio prazo.
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