No artigo de hoje, nós vamos explicar o que é a previsão orçamentária do condomínio e o que você precisa saber para fazer a sua. Confira!
A cada ano que passa, o condomínio sofre várias mudanças.
Manutenções que precisam ser colocadas em dia, reajustes de taxas condominiais, obras que precisam ser feitas, funcionários que são contratados ou dispensados…
Isso tudo influencia na organização financeira do condomínio – principalmente em sua previsão orçamentária.
Por conta de sua importância, todos esses tópicos demandam total atenção do síndico.
Pensando nisso, nós criamos este artigo para explicar o que é a previsão orçamentária do condomínio e como criar a sua. Vamos lá!
O que é previsão orçamentária condominial?
A previsão orçamentária é o processo de análise, organização, previsão e decisão sobre como serão gastos os valores arrecadados pelo condomínio para o ano seguinte.
Nesse processo, o síndico e seu conselho devem analisar as finanças do ano que passou, organizá-las em grupos para poder compreender como cada uma performou (qual gastou mais, qual gastou menos), prever quanto será arrecadado e como esse valor será gasto no ano seguinte e decidir pela consolidação da previsão orçamentária.
O dinheiro arrecado é proveniente da taxa condominial e do aluguel das áreas comuns.
Para criar a previsão, o síndico pode fazê-lo no final do ano (idealmente em outubro ou novembro) ou no início do ano vigente (janeiro a março). Esse período normalmente está estipulado em convenção condominial.
Quando concluída, a previsão deve ser apresentada para os moradores em uma assembleia geral, pelo menos uma vez no ano, obrigatoriamente.
A partir da previsão orçamentária é que será estipulada a taxa do condomínio do ano seguinte.
É preciso levar em conta que o objetivo final de uma previsão de orçamento deve ser sempre a valorização do imóvel e a melhoria da qualidade de vida dos moradores.
Quais itens devem ser incluídos na previsão orçamentária?
Para que a previsão seja realizada com maior precisão, alguns itens devem ser levados em conta durante o seu processo de criação.
Primeiramente, o síndico deve criar uma relação com todas as despesas que o condomínio teve ao longo do ano.
Essa lista deve contemplar:
- Gastos com bens essenciais – água, luz, gás
- Folha de pagamento de funcionários – salário, férias, 13º, rescisões contratuais
- Pagamento de taxas e impostos
- Gastos com manutenções e obras
- Gastos com equipamentos e aparelhos novos
- Gastos com contratos de prestadoras de serviço
- Gastos administrativos – materiais de limpeza e escritório
- Gastos com seguro condominial
- Gastos com honorários – administradora, contador, advogado
- Gastos judiciais – custas processuais, indenizações (quando cabível)
- Gastos sazonais – aumentos ou diminuições em contas por conta das estações do ano ou eventos/datas específicas
- Fundo de reserva (quando cabível)
Após compilados todos esses gastos, o ideal é que seja utilizada uma margem de erro favorável ao condomínio, ou seja, arredondando os valores “para cima”.
Em seguida, é importante analisar, de forma criteriosa e racional, quais melhorias, obras, manutenções, contratações e urgências precisam ser realizadas no ano seguinte.
Questões que envolvam gastos com urgências demandam de assembleias condominiais extras para aprovação dos orçamentos coletados pelo síndico.
Por fim, todos os valores devem ser somados e divididos por 12 meses, para saber o gasto previsto para cada mês do próximo ano.
O que fazer após concluir a previsão orçamentária?
Assim que o síndico e seu conselho concluírem a previsão orçamentária, é essencial que seja realizada uma assembleia para apresentá-la a todos os moradores.
Para auxiliar na apresentação, o síndico pode criar materiais para distribuir a todos os condôminos. É importante que a reunião seja dinâmica e realmente envolva a atenção dos moradores.
A aprovação da previsão é por maioria simples dos votos dos condôminos.
Após, é iniciada a implantação da previsão orçamentária. Para isso, é importante que o síndico mostre o desenvolvimento dos gastos, apresentando balancete mensal.
Se, entretanto, a previsão orçamentária não for aprovada, continua valendo aquela realizada no ano anterior. Desta forma, não haverá reajuste no valor da taxa condominial e que os gastos para o próximo ano serão maiores do que as receitas (dinheiro que entra em caixa).
Isso implica em corte de despesas do condomínio para conseguir equilibrar as contas.
Tudo deve ser decidido em assembleia e registrado em ata.
9 dicas sobre a organização da previsão de orçamento do condomínio
Abaixo, compilamos 9 dicas para você levar em conta na hora de organizar a previsão orçamentária do seu condomínio.
- É importante conhecer o histórico financeiro do condomínio
- Peça ajuda da administradora e de uma contadoria especializada
- Separe os gastos em grupo para saber qual a porcentagem de cada um dentro da previsão orçamentária (um exemplo é seguir os itens mencionados anteriormente)
- Lembre-se de incluir os índices de reajuste do próximo ano – como o IGPM, por exemplo
- Leve em consideração a inadimplência dos condôminos
- Inclua uma margem de erro para dar um “respiro” mensal nas contas
- Compare o histórico de gastos mês a mês para saber o que pode ser melhorado
- Antecipe gastos emergenciais e os inclua na previsão orçamentária
- Lembre-se de planejar as obras, projetos e as manutenções que se fazem necessárias para o não seguinte
Dica extra!
No momento de planejar as obras e projetos do ano seguinte, leve em conta as necessidades do seu condomínio quanto à segurança e a possibilidade de diminuição da taxa condominial.
Se você, síndico, sabe que pode melhorar a segurança condominial, a melhor alternativa é levar a portaria remota para debate em assembleia.
Além de monitorar e atender seu condomínio 24h por dia, a portaria remota evita a rendição do porteiro, invasões e crimes contra o condomínio e seus moradores.
Além disso, a tecnologia também facilita a entrada e saída dos condôminos, através de controles de acesso, e valida eletronicamente os acessos de visitantes e prestadores de serviço, trazendo uma segurança ainda maior para o seu prédio.
Destacamos, ainda, que em razão de não possuir mais gastos com folha de pagamento para o pessoal de portaria, a portaria remota permite uma redução de até 50% na taxa condominial de cada morador.
Se implantar a portaria remota no seu condomínio parece uma alternativa boa e necessária, debata com seus moradores e a inclua na previsão orçamentária.
Para saber mais sobre essa tecnologia, acesse este artigo.
Agora que você já sabe o que é a previsão orçamentária e o que precisa para criar a sua, é só colocar a mão na massa e se preparar para o ano seguinte!